quinta-feira, 28 de abril de 2016
O tião e a onça
Tião e a onça
No sítio do Zezinho tem vários
animais. Como toda roça caipira tem galinhas, porcos, vacas e outros animais
domésticos, como o cachorro e o gato. Entre as galinhas se destaca a botadeira.
Ela bota vários ovos por semana. Mas quando fica nervosa, sai um ovo atrás do
outro. É ovo que não para mais.
A mimosa é uma vaca tranqüila, dá muito
leite na fazenda. Ela fica no rancho e todos os dias alguém da casa vai retirar
logo cedo o leite quente que dói os dentes da gente.
O mascote da roça é o porco. Ele é
um bicho desastrado e vive reclamando. Tem medo de tudo, e principalmente, medo
de se tornar o leitão do natal.
Há também os patos, que vivem no lago
perto do sítio. Sempre se refrescando e brigando com os gansos, porque a pesar
de primos, nunca assumem parentesco. E ganso que é ganso, é briguento desde
sempre.
Existe o sabiá, o bem-te-vi, e
alguns pardais que sempre estão no sítio. Entre os pássaros itinerantes tem o
João de Barro e o pica-pau.
Zé tem uma gata, que se chama nina, ela
é preguiçosa e vive se esfregando nas pernas das pessoas. É um melado só. E
também tem um guardião da roça. O cachorro Tião. Sempre rondando a casa, de dia
e de noite. Nunca é visto dormir um sono por horas, só vários cochilos pelo
dia. Mas está sempre atento a tudo que acontece dentro da casa e fora dela.
Certo dia veio o sabiá. Aquele que não
sabia assobiar. Dar um recado aos animais. A pintada está rondando o sítio. Foi
aquele alvoroço. A botadeira já começou a botar ovo sem parar. O porco já derrubava tudo porque queria se
esconder. Os patos sumiram e os gansos já não brigavam mais. A nina se escondeu
no quarto do Zé. A Mimosa travou o leite, pois estava com medo.
- Pelas aves do céu! Estamos perdidos!
– dizia a botadeira já soltando ovo.
- Rooc... será meu fim! – resmungava o
leitão se escondendo no paiol.
- Muuu.. não tenho como fugir! –
chorava a Mimosa com as pernas trêmulas.
Tião ao saber da notícia, não exitou,
correu chamar a todos no terreiro atrás da casa. Convocou uma assembléia e
disse o plano de defesa.
- Se todos cooperarem, não tem perigo!
– aclamava o cachorro. – Temos que juntar as forças e enfrentar a onça!
- Eita. Ficou doido, Tião! Ela é
esperta. Será nosso fim! – disse o porco.
- O plano é o seguinte... – explicou
Tião mostrando passa a passo o plano.
Quando chegou a noite, todos estavam de
prontidão. Naquele momento ninguém dormiu. O sabiá estava encarregado de avisar
da aproximação. Como não sabia assobiar, iria cantar alto para que todos
soubessem que era a felina.
Ouve-se um barulho. E nada de sabiá
cantar. E todos já estavam ansiosos. Quando ouviu um estouro e depois um
gemido. Não teve jeito. Foi animal fugindo para todos os lados. Tião latiu
nervoso:
- Que bando de medrosos! Ninguém
cumpriu o plano!
Então ele foi vistoriar o quintal, e
descobriu que era o leitão, fuçando coisas para comer, e desarmou a armadilha
do Zé para pegar ratos.
- Leitão! Você assustou todo mundo, o
que faz ai?! – gritou Tião.
- Estou com fome, fui procurar o que
comer. E a armadilha pegou meu nariz! – respondeu o porco.
- Seu berro assustou a todos! –
retrucou o cachorro.
- Claro! Doeu! Por isso berrei. –
justificou o leitão todo choroso.
No outro dia, Tião reuniu os bichos do
sítio. Fez um novo plano. E novamente à noite todos ficaram de plantão.
Quando de repente...
-
Lá vem... lá vai... lá vem...
-
lá vai lá vai...
-
lá vem lá vem lá vem...
– cantou o sabiá.
Todos estavam a postos e executaram
desta vez o plano:
A
onça chegou, para comer e roubar.
O
ganso berrou, para distrair a pintada.
O
Tião mordeu o traseiro da ladra.
A
vitória aconteceu... E viva a bicharada!!!
Foi à cantoria de todos.
Zé que estava dormindo, acordou com os
barulhos dos animais. Não entendeu nada o que havia acontecido. E deu aquele
grito do quarto:
- Xiuuu. Fiquem quietos, uai! Já nem pode dormir
sossegado! E depois pensou: - Uai sô! O que estes marvados estão aprontando?!
A briga dos Tucanos
A briga dos Tucanos
Algum tempo atrás, na floresta do
Vale do Paraíba, veio morar uma tucana. Ela tinha um longo bico dourado. Era
bela e muito exuberante para os padrões da região. Dois tucanos foram
recepcionar a nova hóspede encantadora.
O primeiro tucano trouxe sementes
das melhores árvores. Eram graúdos, doces e fáceis de comer. Ele foi logo se
impondo sobre a fêmea. Já contava com seus cuidados.
- Olá princesa! Trouxe alguns
aperitivos! Servido? – indagou o Tucano todo meloso.
- Olá! Obrigada. – respondeu a ave
não dando muito atenção.
- Você está gostando da região? É
uma floresta ótima de se morar! – continuou a conversa.
- É. Parece. Estou conhecendo. –
respondeu seria ao tucano.
Vendo a dificuldade de aproximar da
bela ave, e sem simpatia nenhuma. O segundo Tucano, que era extrovertido, já
chegou junto para lançar seu charme e conquistar a fêmea:
- Olá. Bonito seu bico! É nova na
região?
- Obrigada. Acabei de chegar do
litoral. – respondeu a ave.
- Nossa que legal! Conheço alguns
amigos por lá! – retrucou o tucano já animado com a conversa.
- É mesmo. Puxa, como o mundo é
pequeno! – respondeu-o dando um sorriso com seu longo bico.
O primeiro tucano já não gostou da
situação. Bateu aquele ciúme. E dando um empurrão ao companheiro partiu para
cima da bela hóspede: - Como estava lhe falando. Aqui tem muitas árvores boas
para se fazer ninho. Quer conhecer? – perguntou a ave já acreditando na
resposta.
- Melhor não. Acabei de chegar.
Quero primeiro conhecer o lugar. Fazer amigos. – respondeu-o com um tom sério.
E o segundo tucano já se
intrometendo na conversa, propôs uma saída. Um vôo de reconhecimento das
montanhas: - Que tal você fazer um vôo? Ver o movimento e experimentar alguns
petiscos nas altas árvores?
- Estou cansada, melhor eu
descansar. – disse a Tucana de bico amarelo. Ela não estava afim deles. E
depois voou para outra árvore.
Nisto os tucanos começaram a acusar
um ao outro por não conseguir conversar com a nova hóspede:
- Viu?! Seu bico torto! Ela foi
embora por tua causa! – acusou o primeiro.
- Minha?! Foi sua culpa que não
soube falar com ela! – revidou o segundo.
- Você só atrapalha! Seu animal sem
pena! – respondeu a ave.
Não deu outra, e foram para
agressão. Era bico com bico, pena voando para todo lado. Uma baixaria sem
tamanho. As folhas das árvores balançavam como se tivesse alguém as
chacoalhando. E a tucana, só observava, pensava consigo: - Machos... tudo
igual!
Enquanto os brigões trocavam-se
farpas, outro tucano veio em vôo rasante, todo pomposo e sedutor. Ele era forte
e suas asas eram enormes. Seu bico parecia brilhoso. Seu som era de cantor
conquistador.
- Que tucano interessante! – pensou
a ave já o observando.
O tucano fez algumas curvas no céu,
mexeu seus bicos, estava já convidando para uma dança pelo ar. Ela levantou
suas asas e foi atrás do novo tucano. Os dois sumiram pelo céu da mata.
Não deu nem tempo dos tucanos raivosos
terminarem a briga, e perderam a tucana. E começaram então a sessão murmuração:
- Ela era metida mesmo! – disse um em tom de descaso.
- Sim, só porque o Tucano deu uns
rasantes, ela já foi atrás dele. – argumentou o outro.
Neste instante apareceu outra fêmea.
E lá foram os dois tucanos atrás dela. E não demoravam, já estava brigando de
novo. E assim vinha outro tucano e levava a pretendente embora. Não conseguiam
segurar uma tucana se quer.
Os sabiás, e outros passarinhos, assistiam
de camarote aquelas brigas que não levavam a lugar nenhum. E o comentário foi
geral: - Estes tucanos de bico torto e sem pena! Não aprendem mesmo! Acho que
estão condenados a viverem solteiros!
Marcelo
Fernandes abril 2016
A garça e a traíra
A Garça e a traíra
Sempre no final da tarde, no Rio
Paraíba do Sul, uma linda garça branca sondava aquelas águas cristalinas.
Voava, plainava e dava alguns rasantes. Seu corpo se tornava enorme quando suas
asas ficavam abertas. Suas penas brancas davam um tom magnífico à ave. Ela
lembrava um avião silencioso ao deixar sua sombra sobre o rio.
Certo dia, a garça estava em viagem
com outras amigas, seguindo o curso do rio em direção ao sul. E bateu aquele
desejo de se alimentar e parar para descansar. O bando seguia rápido. Mas sua
fome a deixava fraca. Resolveu então pousar.
- Vou descansar um pouco! – gritou a
ave ao grupo.
- Mas já. Nem chegamos à metade do
caminho. – respondeu uma amiga.
- Vou comer uns peixes aqui. – disse
a garça.
Ao pousar na beiro do rio, o grupo
de garças decidiu também parar. Pousaram numa árvore próxima ao rio. Parecia que
tinha nevado nos galhos de tanto animais brancos juntos.
A garça branca aproximou-se da água
e ficou paralisada. Com suas pernas finas, imóvel, parecia estátua. Mas ela
estava pronta para a caça e pronta para dar um bote ao primeiro peixe que
aproximasse.
Enquanto isso, no fundo do rio, se
encontrava um cardume de peixe. Tinha alguns lambaris, traíras e tilápias.
Todos estavam fazendo apostas de quem nadasse mais rápido. Esses peixes eram
jovens, cheios de energia, mas tinham um espírito de aventureiros. Os mais
velhos não aconselhavam ninguém a nadar perto da superfície, pois podiam
encontrar um mostro de bico grande.
- Nadadores! Vamos fazer um desafio?
– perguntou um peixe traíra.
- Qual? Adoro desafios! – respondeu
alguns lambaris.
- Vamos apostar corrida perto da
superfície? – disse a traíra.
- Nossa! Você ficou louco? Você não
sabe que é proibido nadar lá? – disse aflita uma tilápia.
- Sim, por isso proponho o desafio! –
argumentou o peixe.
- Não vou! Existe o mostro de bico
grande! – disse um lambari todo trêmulo.
- Vocês são covardes! Isso é um mito!
Não existe isso! É uma lenda do rei dos peixes. Quem topa? Eu dobro o valor do
prêmio. – retrucou o peixe traíra já se movimentando suas nadadeiras.
Os peixes ficaram encasquetados. Alguns
ficaram com medo, outros sentia um calor nas escamas de vontade de subir. Como
todo jovem gosta de desafios. Decidiram todos ir correr na superfície.
Começaram a corrida. O peixe traíra
ficou na largada marcando o tempo. Os peixes dispararam e disputaram quem era mais
rápido na corrente das águas. Quando de repente. Tibluumm... Um bico enorme
cortou a lâmina d´água. Foi se uma tilápia.
Vendo aquele grande mostro cortar a
água, os peixes ficaram apavorados. – É o mostro do bico grande! – gritava os
peixes. Não levou muito tempo e lá apareceram outros bicos e mais bicos, umas
infinidades de bicos arrebanhando os peixes. Nem lambari escapou.
Aquele terror nada mais era, que a
garça branca pegando os peixes no rio. Logo que ela pegou alguns escamados
grandes, o bando que estava na árvore, também foi em direção á água. Ao
enxergaram o cardume pelas águas transparentes, e não teve outra, abocanharam
os peixes suculentos numa rapidez sem tamanho.
A traíra vendo seus amigos morrerem
fugiu num único nado. Desapareceu para o fundo. Os peixes que conseguiam
escapar gritavam:
- Sua traíra! Volte aqui nos ajudar!
Não teve jeito, ela largou-os. Chegando
ao fundo do rio, ela contou para outros peixes que tinha visto o mostro de bico
grande. Ninguém acreditou. Disseram que é lenda. Não existe. E a traíra
entendeu muito bem a sabedoria dos peixes mais velhos: Não nade na superfície,
é perigoso!
Já a garça branca, satisfeita com seu
lanche. Seguiu seu caminho com as outras garças. Continuou a viagem pelo curso
do Rio Paraíba do Sul.
Marcelo
Fernandes abril 2016
domingo, 24 de abril de 2016
O guardião Preguiça
O
guardião preguiça
Há muito tempo atrás, na região do
Vale do Paraíba, aconteceu um casamento de duas corujas. Foi um alvoroço só
entre os bichos, houve muita expectativa para preparação daquele momento tão
bonito, que é a cerimônia e a festa. As corujinhas se dedicaram meses na
elaboração de todos os detalhes.
Elas escolheram o melhor lugar na
Floresta. Local de grande quantidade de frutas e sementes para se alimentar.
Contrataram o melhor Buffet da Floresta. Eles já tinham feito a festa das
Maritacas, o aniversário das araras, etc. Não faltou disposição para recriar
aquele ambiente de altas árvores e muitos cipós.
Contratou a estilista Arara Azul da
Amazônia para preparar os vestidos, o florista Beija-flor só para organizar as
orquídeas, os lírios e as rosas brancas do lugar. A ambientação deixou as fêmeas encantadas. Os
machos estavam de olho nas sementes e nas bebidas prometidas na festa. Por
sinal, qual animal não gosta de beber na festa?!
E as corujas, dias e noites, preparando
os convites com as folhas secas enfeitadas com a raiz das melhores plantas.
Tudo era feito nos mínimos detalhes. Um capricho de coruja. As aves deixaram os
convites para amigos, os parentes e diversos animais do Vale do Paraíba.
A TV Floresta começou a divulgar, e a
Rádio Tagarela anunciou o grande evento. Todos conheciam as duas corujinhas.
Era o xodó da região. A fama das aves estendia por todo Vale. Era honroso ser
convidado para aquele casamento. A floresta podia acolher todos. Macacos Sagüis,
aves de todo tipo, lagartos e os répteis, até alguns peixes conseguiram
equipamentos para respirar fora d´água, tamanha era a vontade de participar.
A local da cerimônia seria feita pela
ave João de Barro e a celebração feita pelo inseto Louva-a-deus. No acolhimento
contrataram as Maritacas, gente expressiva e simpática. Na segurança acabaram
pegando o bicho preguiça. Ele se ofereceu para ajudar. Queria fazer algo pelas
corujinhas. Elas resolveram ceder a portaria da festa para agradá-lo.
Então, chegou o grande dia!
- Sejam bem vindos! Senhores e
Senhoras! – dizia as maritacas
- Boas noites! Animais queridos! –
dizia a recepção para os convidados que iam chegando.
Entravam os Sagüis com seus pelos brilhantes
e chapinhas. Os pássaros com suas penas exuberantes, o Tucano com o bico ilustrado.
Os besouros chegavam brilhando. Mas brilhantes mesmo estavam os vaga-lumes!
Iluminavam o local e a festa. E as cigarras com os sabiás faziam seus sons pela
noite toda.
Entre um convidado e outro, a preguiça
dava as indicações de segurança, prestando atenção em tudo. Tudo estava
correndo muito bem! Quando as corujinhas chegaram. Foi à festa! Admiração e
prestígio na roupa da noiva. Tudo na maior etiqueta florestal.
- A corujinha está linda! – dizia as
araras.
- Ela merece! – conclamava os
familiares das corujas.
- Seus olhos estão brilhantes de
alegria! - afirmavam os bem-te-vis.
Bom... Vida de animal na floresta tem
seus preços. A cadeia alimentar tem se manter. Como a festa foi muito
divulgada. Os predadores ficaram sabendo que ia ter uma aglomeração de animais.
E lá foi a Onça, fazer sua refeição a modo cardápio. Escolher o bom jantar!
- Vou escolher a melhor refeição hoje!
– pensou a Onça. – Com tanto animais por perto, um pelo menos não me escapa!
O bicho preguiça estava de vigia.
Estava ouvindo as cantorias e parecia tudo calmo. Pensou consigo: - Bom tudo
está tranqüilo por aqui. Acho que posso tirar um cochilo? Mas ele não imaginava
o perigo. A felina estava chegando.
Um passo aqui, outro ali. Tudo bem
pensado e farejado. Já aproximava o terror da floresta. E a preguiça no cochilo
de roncar. Uma viradinha aqui, outra ali. Quando de repente... A onça já tinha passado a portaria.
- Pelas aves do Céu! A pintada chegou!
E agora? Todos estão em perigo. Tenho que correr para avisar a todos! –
murmurou o bicho preguiça.
Como correr na frente da onça? Já
estava difícil resolver a situação. Se tentar avisar, ela vai perceber e correr
para cima de todos! E o bicho preguiça decidiu. Ele é o guardião da festa.
Encheu seu peito, colocou suas grandes unhas na boca. E lançou um assobio
enorme:
- Fiiiiuuufiiiiiiii......
As maritacas ouviram o assobio, começou
a tagarelar e a gritar por todos os cantos da floresta do perigo da felina. Foi
uma correria total. Mas como um bom guardião e segurança não se presa. Preguiça
conhecia bons animais de briga. E sempre combinou que um assobio repetido duas
vezes era sinal de pedir ajuda. E logo lançou com suas unhas vibrantes:
- Fiiiiuuufiiiiiiii...... -
Fiiiiuuufiiiiiiii......
E do meio do mato saíram capivaras,
cachorros do mato e porcos espinhos, todos com sua rivalidade para cima da
Jaguatirica. Vieram algumas sucuris e cobras corais. E não deu outra. A fera
parou e não quis enfrentá-los. Recuou e sumiu na mata toda medrosa.
Por fim, todos ficaram salvos. Preguiça
agradeceu aos amigos valentes. E a festa continuou com mais alegria e vibração.
E as corujinhas agradeceram ao guardião preguiça e aos valentes animais. Todos
foram convidados a participar da festa! E o bicho preguiça preferiu continuar
na portaria:
- Afinal sou o guardião da festa. Tenho
que manter meu posto!
E lá ficou o bichinho todo
preguiçoso, guardando o famoso casamento, quem sabe de prontidão pela volta da
felina.
- Não há nada de mal tirar um
cochilinho? – pensou a preguiça já se encostando aos troncos da grande árvore.
Marcelo
Fernandes
Contos
do Vale do Paraíba
Literatura
infantil – abril 2016
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