A dançarina

Peço a licença para falar de um grande amor,
De uma paixão inusitada,
Que pondera os gestos a serem livres e irradiantes.
Cruza-se o céu e o ar num desenho perfeito,
Desenho este, da pura magia do amor.
É possível encontrar a figura no espaço,
Os desejos iluminados, as formas de girar no tempo e no contra tempo, na qual a rapidez e a leveza trazem as marcas dos dedicados ensaios.
Fascinante é o encontro do casal apaixonado!
É como a transformação dos seres terrestres em seres celestes!
Duas faces diferentes de uma mesma massa,
Formando uma só face límpida e transparente.
De um lado e do outro vão se unindo a um único círculo.
Círculo que dão a forma da vida e do amor.
Aproximam-se seus espectadores com sorrisos
E desejos de fazer parte daquele belo espetáculo.
Contudo as almas não param de estasiar-se em aplausos eternos.
Deslumbrante! Vivaz! No mesmo instante, ao som de um pequeno instrumento,
Apareceu uma bela moça: que pureza, que suspiro, que sonho, que realidade, que fascínio...
Ao som da sua música, equilibrados somente nos rápidos passos,
Ela enobreceu o palco com seus sonhos criativos,
Deixando no coração o verdadeiro amor pela dança.
Dança, dança, dança! Ninguém resiste a não dançar!
Sua simplicidade torna a imaginação viva, viva de desejos pelo infinito.
Ai, no mesmo instante, numa corrida interminável, as mãos querendo aproximar de tal situação, sente-se tocado por um gesto delicado, doce e amável, como um beijo apaixonado.
E sob a licença das palavras eu termino este retrato da fascinante conquista,
Da bela imagem do amor que deixou em meu espírito a face da eterna dançarina...

Marcelo Fernandes dos Santos...
23/10/07