segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Quanto vale um ser humano II



Quanto vale um Ser humano? (II)
Qual é o caminho do ser humano? Ou qual é sua verdadeira definição? Quais são os passos para declarar que um ser humano é visto de acordo com sua própria natureza e sua própria verdade? Neste caminho de descoberta há um modelo a ser seguido, há uma referência que nos faz pensar numa elaboração de um conceito mais amplo de ser humano, e este conceito é real e vivo, é Jesus Cristo. “Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim (...) Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”(Jo 14, 1 -6). Esta afirmação dita por Jesus, transcrita pelo Evangelista João, é um referencial de verdade. Não haja dúvida quanto ao verdadeiro sentido do homem, quanto a sua verdadeira definição. Como foi dito no texto anterior, o ser humano precisa ter um valor, e este valor precisa descrever melhor sua realidade e sua amplitude de vida. Quando se fala de vida, temos que ter em mente que todo homem e mulher têm sua vida como princípio de movimento a existir neste planeta. Pode ser chamado de devir, ou qualquer outra definição de existência, como design afirmado por Heidegger. Neste contexto a pessoa humana “viva” deve ser vista como sujeito de direitos e deveres, como digna de ser vivente no planeta e ainda ter direito de ser livre a existir independente de sua condição física e social. Sua vida é o referencial mais próximo de o “Ser Humano” ser definido como sujeito justo de ser apreciado e cuidado. Não é sua opção de vida, sua condição física e sua condição espiritual, que vão definir seus direitos. Nem mesmo será sua condição social e sua condição financeira que darão as normas para sua conduta de apreciação. É preciso saber bem distinguir o que é condição humana e vida humana.
Quando se assume a realidade humana como um ser espiritual e um ser físico, assumimos também um ser sujeito a uma vida interior, sendo assim intelectual e espiritual. Nos parâmetros da interioridade da pessoa humana existe a vida que os move em sentido de um ser vivente. Esta vida o move a viver e a existir. Todo ser humano tem seus instintos de comer, reproduzir, sorrir, relacionar e tem suas capacidades de conhecer, entender e compreender. Esta dinâmica o torna presente em um espaço e lugar. Sua presença individual produz uma interação com o meio. Esta interação se dá por diversos modos, há quem diga que sua faculdade de interação vem da experiência que se dá com o meio. Há sociólogos e filósofos que definem o empirismo, pragmatismo, espiritualismo, etc. Há diversas definições. Existem várias formas de ver o relacionamento do homem com seu meio, isto é digno de verdade, mas o importante é que este relacionamento seja para crescer a pessoa humana e nunca diminuí-la em coisa. O sujeito é pessoa que se dá a conhecer, e este conhecer se dá apreensão do meio. Toda pessoa humana pode conhecer, e deve saber o que está relacionando, se é com outras pessoas, ou se é com coisas. Um exemplo simples é o agricultor, ele está diante da terra, que pode produzir seu sustento, quanto pode também construir sua morada. Ele pode cuidar da terra para plantar árvores frutíferas como pode construir sua casa para morar. Mas se ele construir uma casa, e não plantar ao seu redor seu próprio alimento pode comprometer sua vida futura. Seu relacionamento com a terra será de sustentabilidade ou não. Será de sobrevivência ou não. Com o tempo, ele vai evoluir em seu meio, construindo diversos aparatos para melhor viver, como a construção de celeiros, de uma horta maior e mais diversidades de alimentos. Agora se ele não pensar no seu futuro, somente destruir e explorar a terra e não revigorá-la, pode ter surpresas que vão diminuir sua própria natureza, vindo faltar alimento.
Este exemplo nos mostra que somos pessoas de relacionamento tanto com o meio quanto com pessoas. Se nesta mesma terra este agricultor encontrar outro vizinho agricultor, seu relacionamento terá limites, entre a sua terra, sua posse, e com a terra de outro, com a posse de outros. Ele pode produzir em parceria na mesma terra, se por acaso for da mesma família, ou pode ter uma relação de dependência se por acaso ele for empregado. É preciso nesta altura pensar não só na sua sobrevivência, mas partilhar da sobrevivência do outro. Existirá assim a construção de relacionamento que deva ser saudável e construtivo. O que estará em jogo então são duas vidas.  Já se tem que pensar na sociedade humana, na convivência humana.
A convivência pode ser agradável como pode ser limitada ao desagravo. Dependerá da maneira que a pessoa foi educada a convivência. Tem pessoas que sabem conviver em grupos, com pessoas tranquilamente. Mas é consciente que existem pessoas que não conseguem conviver com pessoas, por diversos motivos. Esta falta de capacidade de conhecer o outro, de entender o outro pode ser, muitas vezes, a incapacidade de compreender a si mesmo. As ciências psicológicas têm buscado diversos caminhos para posicionar a pessoa humana em sua condição de melhor conviver e descobrir-se a si mesmo. Tudo pela saudável vivência em grupo. Pode ser numa empresa, numa família, numa sala de aula, ou até mesmo dentro de veículo público. Pode-se dizer: onde está a saudosa verdade do bem público? O que é democracia, e o que é bem coletivo? Quem manda numa sociedade democrática? Estas perguntas permeiam diversas pessoas. De Acordo com o Catecismo da Igreja Católica: “A pessoa humana é e deve ser o princípio, sujeito e fim de todas as instituições sociais”(CIC 1892). Isto quer dizer que a pessoa humana deve ser o centro de dignidade dentro de uma instituição social, como também numa sociedade democrática. Independente da organização da sociedade, o centro da vida é a pessoa humana. Sua vida deve ser respeitada e vivida com digno respeito de ser acolhida e aberta a sua sobrevivência. Neste sentido focalizamos agora a pessoa humana como princípio, sujeito e fim. Neste tempo moderno, ou pós-moderno a pessoa é muito confundida por coisas. Ela perdeu seu sentido de princípio, trocando o valor dela por ações humanas, por coisas e ideologias ceticistas. Só é válido: não seu princípio de vida, mas sua ação enquanto tal, sua maneira de encarar a vida. Só é válido o que você produz e o que você produz para mim. Perde sua autoridade de pessoa humana, e ela é  agora escravo de compras, de ações sujeitas por ideologias que delimitam sua liberdade, como exemplo o comunismo e o nazismo. E além do mais, ela perdeu seu sentido de fim, de coisa última, de condição para onde vou, mas só vale o que vivo momentaneamente. O que surge do agora, e não importa o que será no futuro. Estas desfocalização do “ser” para o “fazer” trazem confusão de sentido, falta clareza do que é verdade e do que é mentira. Há uma escuridão e um vazio de valor. Quanto vale um ser humano? O que ele é ou o que ele faz? E se ele não tem condições de fazer algo, continua sujeito de valor?
A ciência moderna tomou posse de grandes descobertas em relação à vida de um ser humano. Ela descobriu que é possível reproduzir artificialmente. Ela descobriu que pode clonar animais. Ela descobriu que pode curar doenças graves. Cada dia mais ela possui uma nova descoberta sobre a vida de uma pessoa humana. Mas ela descobrindo ou não, ela tem o direito de mandar como deve ser um ser humano? Ela tem a autoridade sobre a existência de como deve comportar um ser humano? Qual seu nível de compromisso com a vida?  Diante dessas perguntas, como posso definir o ser humano? Qual o referencial para sua conduta e ética social? Toda ciência é feita por mãos humanas. Se a ciência descobriu algo, não foi pelo  mérito só de uma comunidade de pesquisa, foi pelo mérito de uma comunidade de humanos. Então caímos de novo na pessoa humana. E dentro de uma comunidade humana o que vale é o valor de como o ser humano é concebido. Não é a ciência que é má, mas como ela é conduzida pelos cientistas. Suas descobertas não são, muitas vezes, males para o mundo, o que torna mal é a maneira do que é conduzida as pesquisas que vão contra a sua própria dignidade. E nisto é preciso descobrir a intenção de suas ações. Qual sua intenção em descobrir algo? É para melhorar o ser humano, ou é para fins materialistas e artificiais de degradação do ser humano? Neste caminho de descoberta temos que ter consciência da própria ação científica, e quais são seus valores que estão por de traz da conduta das pesquisas. Qual é o valor que está por detrás desta atitude de descoberta? E só a verdade dos fatos é que vão dar luz para um caminho correto e justo. E quais são as luzes e os caminhos corretos para ser seguidos? Ou qual é a luz verdadeira?
“Pede ao Altíssimo para dirigir os teus passos na verdade”(Eclo 37,15), “Filhinhos, não amemos com palavras nem com a língua, mas com ações e em verdade. Nisto reconheceremos que somos da verdade, e diante dele tranqüilizaremos o nosso coração, se o nosso coração não nos acusa, porque Deus é maior que o nosso coração e conhece todas as coisas”( 1 Jo 3,18-20). Temos enfim uma verdade, Deus, que conhece nosso interior. Ele não é produção humana, e nem foi descrito só por mãos humanas. Mas Ele é um Deus que se tornou humano e é ele próprio que testemunhou a verdade. Sua ação mostrou a nós o quanto a verdade ilumina nossas ações. Jesus Cristo é caminho da verdade, pois Ele testemunhou seu amor para conosco. Ele é o exemplo a ser seguido, pois ele é a luz do mundo, verdade e amor. Como diz João: “Nisto conhecemos o Amor: ele deu a sua vida por nós. E nós também devemos dar a nossa vida pelos irmãos”(1 Jo 3,16). Esta caridade divina é que vai iluminar nossas ações, o amor dom de si. Se a ciência, se os cientistas, ou qualquer pessoa humana que descobrir este caminho, terá caridade em prol da vida do ser humano, será iluminada sua ação e terá o compromisso com a verdade dela mesma. Sua ação será justa e digna de ser seguida. Mas se suas intenções estão contra este princípio, causa a morte. Sua ação causará a degradação do ser humano e escravizará suas atitudes em ideologias materialistas e artificiais, tratando assim com deficiência a “vida” e seu futuro.
A verdade iluminada pela caridade é caminho a ser seguido. Pois quem ama conhece a Deus e Deus permanece nele. Isto é critério de verdade, pois Jesus é caminho a ser seguido. Ele é a verdade a ser acolhida, e Ele é a vida que devemos testemunhar. Tanto em relação à sociedade humana, como a própria pessoa que precisa estar iluminada nesta verdade. Acolher seus ensinamentos e sua palavra é transcrever na sua ação um caminho de verdade do próprio ser humano. Deste modo não precisa preocupar-se o coração, pois estará num caminho seguro. Qualquer ideologia humana não terá tanta eficácia como à proposta do Evangelho, que sempre tem o compromisso com ser humano, com sua liberdade, sua vida e suas ações. Deixar-se conduzir por esta verdade é descobrir a si mesmo como princípio de liberdade, fraternidade e vida. Esta verdade ilumina sua ação a ser justa e correta. Nenhuma forma filosófica, psicológica e sociológica moderna tem tanta clareza e abertura para a pessoa humana encontrar em seus dados objetivos e subjetivos num caminho tão claro de apreciação da pessoa. Não é errado seguir uma proposta humana, mas ela não será tão ampla quanto à proposta do Evangelho, que propõe a salvação e a vida eterna. Será pretensão de mais afirmar esta verdade? Não, porque os fatos e a realidade cristã têm provado dia a dia nestes dois mil anos de existência a condução de uma felicidade plena a quem o acolhe e  o segue. Tanto pela condução da Igreja Católica, como também em Igrejas Protestantes que seguem um caminho de amor e respeito do Evangelho, que diz “sim” a vida de todo ser humano.
Este caminho do sim a vida humana perpassa o caminho da firme decisão, de uma escolha pela solidariedade humana, de sensibilidade em respeito à pessoa humana (SRS 38 – 40). O respeito à pessoa propõe que ela é um ser integral: em sua dimensão física, dimensão espiritual e interior, e na sua dimensão transcendental. Quando defino o ser humano na sua dimensão integral é acolher a sua natureza dada pelo Criador, sua natureza física, biológica e psicológica. É acolher sua integralização e não sua fragmentação. Não posso negar minhas características e minha função enquanto “procriação e continuidade da vida” dos seres humanos na terra. Somos feitos para reproduzir outros seres humanos e continuar o mistério da criação humana. Respeitar nossa natureza enquanto somos feitos para a unidade e a esta unidade, por sua vez, cria uma nova vida. Negar isso pode ser tratado como uma negação da integridade física original. Somos seres relacionais e unitivos. Temos uma lei natural da solidariedade, de respeitar o “próximo”, seja inimigo ou não, como sujeito de respeito e fraternidade. A verdade humana e seu verdadeiro valor estão em ressonância com a verdade divina, com sua doutrina e com sua vida testemunhada na caridade em Deus(GS 20,1). O modelo é Cristo e ele testemunhou, falou e mostrou o que é a verdade humana: “Amarás”. Respeitamos o ser humano como seres iguais e diferentes, iguais em natureza e diferentes em sua função social. O homem é uma pessoa única e a mulher é uma pessoa única, e a relação entre um e outro é de auxílio e não de exploração, expropriação, ou fragmentação do ser.   O homem em sua determinação tanto biológica, psicológica e física tem sua função unitiva com a mulher, também nas dimensões espirituais. Tal união participa na criação divina em dar oportunidade a um novo ser humano: a procriação. Nisto participamos no mistério divino de criar um ser humano naturalmente. Negar sua natureza é negar a imagem e semelhança do Criador que pelo amor cria uma nova vida. O auxílio da ciência moderna não pode ter o direito de superar a autoridade divina na criação humana, mas pode auxiliá-la na conformidade com o que é sagrado, visando sua plena obediência e respeito à vida humana. Tal ação tecnológica tem que estar de acordo com a ética e a moral da vida enquanto tal existente, pois toda descoberta humana é uma descoberta dos fenômenos naturais, e que estes fenômenos são imanentes de um  único arquiteto superior, sábio e perfeito: Deus (CIC 2258).
Tais valores cristãos de integralidade da vida são justos para a condição humana. A visão cristã, a partir do Cristo modelo, nos abre a novas descobertas da vida, da perfeição em ser “vida humana, pessoa humana”. O liberta de suas próprias ações enganadoras e das estruturas de pecado, que visam o lucro, a fragmentação e a destruição da vida. A dimensão espiritual e interior do ser humano é uma característica que integra o físico. Todo homem é dotado de consciência e razão, e sua razão tem que estar guiada para solidariedade e fraternidade universal. Os modos políticos e sociais, muitas vezes, são produções racionais humanas. Tais produções conduzem há interesses, muitas vezes, precários para uma vivência digna. Há interesses de políticos, há interesses de países, e há interesses de instituições privadas que não tem o compromisso com a vida humana. Tal atitude só será prejudicial à vida. É preciso que a razão esteja clara da verdade, da clareza do que é vida humana feliz e em paz. É preciso saber quem tem a intenção de cuidar não só da saúde social, da saúde humana, mas é preciso saber quem detém a verdade e quem o conduz a fraternidade e igualdade de todos. Na democracia temos o direito de participar em igualdade, mas será que a maioria vai preocupar com a felicidade de todos? Ela uniu a igualdade de vida a todos? Está isenta de interesses próprios e de uma minoria provocadora de morte? Na dimensão de seres racionais e conscientes temos que ter abertura àquilo que conduz a nossa verdade. Cristo nos orienta a verdade e a felicidade plena. Nossa razão tem que ser orientada na sua dimensão do livre arbítrio e na plena ambientação de um digno desenvolvimento da pessoa. A escolha do caminho racional necessita conter a buscar da liberdade e da fraternidade, e deixar um legado para as novas vidas serem “pessoas humanas”. Ter outros sujeitos-pessoas como auxílio é ter uma igualdade de direitos e deveres, um sentido horizontal e não vertical. E na sociedade ou em qualquer instituição social  e política nunca deve permitir as desigualdades e explorações de culturas que vão contra a caridade e a verdade humana. É uma escolha consciente de escolher cuidar do ser humano, da vida humana enquanto tal, pois toda atitude contra isso é degradação dela mesma.
Na sua dimensão espiritual e transcendental, o ser humano encontra sua caridade e sua solidariedade não só nos parâmetros da fé religiosa ou nos fenômenos religiosos. Mas encontra seu próprio sentido de vida, tanto em seu fim, princípio e verdade. Pois a caridade cristã ela nos movimenta a vida para seu sentido mais amplo, da vida eterna. Enquanto leis e costumes são ditos por um fim terreno, ou por interesses próprios, a vida cristã o eleva a verdades que não são supostamente da razão instrumental[1], mas o ser humano próprio pode experimentar com todas suas dimensões integralmente a vida plena e de respeito a sua dignidade. Uma razão sem o princípio transcendental pode ser boa para vida humana, e conduzir a sua verdade, mas ela terá limites que só o sentido de fé poderá trazer o benefício de um ser humano mais humano e perfeito. Sua negação pode estratificar a sua vida e pode abrir espaço para degradação de sua natureza, enquanto seres abertos ao transcendente. O exemplo disso percebe-se numa pessoa que vive a fé cristã, ela pode ir mais além a seu sentido de vida, do que a pessoa que se fixou nas teorias políticas e psicológicas materialista-determinista.
 Quanto vale um ser humano no mundo moderno? O que ele produz ou o que é enquanto ser humano? Como a razão científica ainda não soube resolver as guerras dos povos, as brigas nas escolas, as maldades humanas. Será que colocar todos os malvados na cadeia vai acabar a maldade? Será que a pena de morte resolve o problema? Perguntas que não param de ser colocadas em evidência. Parece que a direção fica presa cada dia mais na degradação do ser humano. É o confronto entre o egoísmo e o amor mútuo. Quem considera um ser humano, em sua razão livre, sabe que ele mesmo está diante da vida e da morte. “Hoje tomo o céu e a terra como testemunhas contra vós: eu te propus a vida ou a morte, a benção ou a maldição. Escolhe, pois, a vida, para que vivas tu e a tua descendência, amando a Deus teu Deus, obedecendo à sua voz e apegando-te a ele. Porque disto depende a tua vida e o prolongamento dos teus dias” (Deu 30,19). A pessoa humana é livre em escolher a verdade e a mentira da sua vida. Ele é livre em escolher o caminho que traz vida e o caminho que traz a morte. Como foi dito no começo, Jesus Cristo é nossa verdade. Ele viveu uma vida plena de cuidado com a sua vida e com dos irmãos. E foi mais além do cuidado, deu sua própria vida em favor de muitos. Sua máxima do amor foi demonstrada e testemunha diante dos povos. Basta cada ser racional, livre e com toda sua consciência escolher seguir o seu exemplo, ou seguir o seu próprio caminho.
Ao seguir o caminho sem Deus, a pessoa guiada por verdades do ceticismo, do iluminismo, do positivismo e do materialismo poderão testemunhar se vão ser coerente com a verdade humana ou não. Mas no fundo, seus ideais não respondem as grandes questões humanas, e sim tem testemunhado em sua plenitude uma razão estratificada, instrumental, e cada dia mais usando o valor humano para fins contrários a vida humana. Tais valores continuam sendo fragmentados no lucro, na ciência irracional, nas atitudes egoístas de povos majoritários. Continua a vencer sobre o humano o ideal do dinheiro e da economia voltada para o capital. Até quando o ser humano vai perceber que não somos coisas e nem produção do dinheiro, mas sim somos pessoas dignas de respeito pelo direito de viver feliz, de forma fraterna e em paz! Escolhe, pois a Deus, e ele vai guiar nossos passos para vida mais ampla e integral, mais fraterna e justa, mais perfeita e sana, mas verdadeira que cuidará de nossa profunda liberdade e solidariedade. Sua famosa frase ainda é atual: “Ninguém te condenou? Nem eu te condeno. Vai, e de agora em diante na peques mais” (Jo 8,11). Ser humano!! Ninguém pode te condenar se você está sob o amor divino, siga em paz. Viva sua vida em paz, mas não tenha parte com o mal, não negue a Deus, não peques mais!

Marcelo Fernandes dos Santos

Siglas de documentos:
CIC – Catecismo da Igreja Católica
SRS – Sollicitudo rei socialis
GS – Gaudium et spes


[1] Conceito definido por Jürgen Habermas em seus escritos, uma razão voltada ao cientificismo e o valores econômicos.

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